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PERSONAGENS
O autor utilizou os nomes reais de parentes e amigos para compor a trama ficcional de Os Filhos do Vento. Aí vão, nas palavras dele. E em ordem alfabética.
AS PESSOAS REAIS
Abdias*: Tinha um ponto de venda de querosene, naqueles tempos sem GLP.
Aderbal*: Um amigo de colégio. Nunca foi médico, nem morou em Plataforma.
Afonso*: Era realmente irmão de Neném. Morava no n° 37 do Largo da Ribeira. Nada tinha de rico.
Amador*: Dono de uma padaria na Ribeira. Morava na casa 63, eu e minha família na de no. 61 do Largo da Ribeira. Seus filhos Gonzalo e Carmita são meus amigos até hoje.
Araponga*: Família da Ribeira, muito querida no bairro. Eram os donos dos diversos barcos de nome “Fuzarca”, que enchia de pivetes (eu, inclusive) pra que a gente pulasse do barco um tanto distante da praia, para virmos nadando de volta. Bons tempos.
Armando*: Irmão da minha mãe. Era um “Contínuo” do BB. E também um frequentador assíduo do Cacete Azul.
Boy*: Meu tio. Irmão de meu pai. Topógrafo aposentado, trabalhou na ponte ferroviária. E falava inglês.
Braga*: José Carlos Braga, ídolo do remo. O maior “porradeiro” da Ribeira. Era cantor, e ganhou “A Voz de Ouro ABC”, programa de TV. O seu “Bar dos Amigos”, na Avenida Beira-Mar, sempre foi ponto de encontro da Velha Guarda do bairro.
Caboclo*: Um pedreiro que, volta e meia, fazia serviços lá em casa. Se orgulhava de ter trabalhado na obra da balaustrada que delimita a calçada que margeia a enseada dos Tainheiros. “Eu que fiz!”, dizia.
Caçote*: Apelido de meu primo Ângelo. Natural de Serrinha, era gordo, nunca foi capoeirista. Morreu de choque anafilático, causado por uma injeção.
Carina: Minha sobrinha e afilhada. Hoje mora em Dublin, Irlanda.
Carlos Olímpio*: Meu primo. Morava na Penha. Foi realmente gerente de banco, e chegou a Diretor Regional N/NE de uma das maiores instituições financeiras do país.
Cristina: Irmã do Chico Carvalho. Tivemos um namorico, coisa de quase-vizinhos.
Daniela: Também sobrinha, e também afilhada. Mora nos EUA.
Delza: Costureira da minha mãe. Fofoqueira, que só.
Dió: Apelido do meu amigo Dioclécio. Morava no Largo da Ribeira. Não tive mais notícias dele, desde que me mudei de lá.
Dortas: Amigão. Engenheiro e mergulhador profissional. Foi também policial federal. Me autorizou a usar o nome dele na trama e espero que não se arrependa, ao ler o exemplar que está aqui esperando que ele venha pegar, para trocarmos um abraço.
Estrovenga*: Era realmente como a descrevi. Morreu sem se casar, menos em Os Filhos do Vento, onde casou e foi morar numa casa no Porto dos Tainheiros.
Fausto*: Faustino, na verdade. Enfermeiro que cuidou do meu pai, por um bom tempo.
Francisco*: de Carvalho, o Chico. Grande amigo da Ribeira. Também arquiteto, largou a profissão para se dedicar à doutrinação espírita. Desencarnou, mas deixou uma grande prole de 11 filhos.
Helena: Filha de Benigno, um dos espanhóis donos da Padaria Íris. Nunca namoramos – o que eu lastimei por um bom tempo.
Hugo: Cria da Vila Anita. Eu o levava para assistir comédias no Cine Itapagipe, só para rir... das gargalhadas dele. Realmente me chamava de Tuberosa, sabe-se lá porquê.
Ivonei: Um dos meus melhores amigos na Ribeira. Criávamos pombos, que soltávamos em cidades próximas a Salvador, “para ver se voltavam”.
João Miséria: Era realmente açougueiro, e vivia metido em brigas. Se enturmou na Ribeira, também remou, era benquisto por todos. Tomou tento na vida e hoje é um homem de bem.
Juvi*: Aljuvid Bastos, agrimensor, grande referência profissional e moral para mim. Tive com ele minha iniciação como desenhista técnico. Prefaciei o livro “A Medida do Caminho”, seu livro de memórias.
Luís Antônio*: O maior amigo que eu tive na Ribeira. Morávamos na mesma rua, no segundo endereço que tive na Ribeira. Médico, neurocirurgião, foi abatido pelo C-19.
Luís Orelhudo*: Outro grande amigo. Alto, muito forte, bom de briga. Tivemos uma das melhores, no Clube Itapagipe. E saímos dela ainda mais amigos.
Luís Paulo: Eu era mais amigo do Zé Carlos, irmão dele. Aproveitei o nome para fazer o jogo dos 3 Paulos.
Luísa*: Uma ex-namorada. Não morava na Ribeira, nem era mineira. Morreu muito cedo, lastimavelmente.
Manoel*: da Paixão Moura. Era empregado lá de casa. Ia buscar o leite que vinha de trem, desde a fazenda de um tio, e distribuía de casa em casa. Era conhecido como “Misericórdia”.
Mariana: O pai é anestesiologista, e a mãe é minha oftalmo desde sempre. Homenageei os dois amigos, dando o nome da filha a uma das personagens.
Mila: Milena, na verdade, filha de uma grande amiga, às vezes mais que isso...
Neném*: Nunca casou. Foi a primeira pessoa que vi morta; eu tinha uns 8 anos. Fiz com que ela revivesse, casasse e brindasse à vida.
Nôca: Era motorista da Padaria Iris. Entregava o café Iris, torrado e moído na padaria, num furgão GMC.
Paulo Roberto*: Meu amigo. Morava numa das casas da rua atrás/ao lado da igreja da Penha. O “Dr. Borô” morreu 15 dias antes do lançamento da 1ª. Edição de Os Filhos do Vento. Eu soube quando fui levar o convite.
Paulo Sérgio: Muito amigo. Nadador, gozador, vizinho do Paulo Roberto. Filho de prefeito de uma cidade do Recôncavo. Hoje mora também na Pituba.
PR: O único personagem que nunca existiu na vida real. Foi inteiramente criado por mim, para fechar a nova edição.
Resumo do Mal: Apelido cunhado pelo Catussi, o grande “Apelidador” da Ribeira. Filho de um feirante, era um tipo folclórico que ganhou essa fama sem proveito. Coisas do Catussi, que me chamava de Rato Branco...
Rita: Prima. Sobrinha de Afonso e Neném. Que eram irmãos de Alberto, pai dela, que casou com uma tia minha, do lado paterno, sua avó.
Sônia: Uma querida amiga. Teve comigo seu primeiro emprego como secretária. Hoje mora no Peru, junto a marido e filhos.
Tânia: Uma namoradinha da Ribeira, quando veraneava por lá. E até no bairro de Nazaré, onde morava.
Totonha*: Irmã de Zizi, na vida real. Morava em Serrinha e era, fisicamente, bem do jeito que a descrevo no livro. Fiz dela uma sábia, ou uma mãe-de-santo, ou uma esfinge, ou tudo isso junto. Gostava dela.
Zefa: Empregada doméstica da minha irmã mais velha. Chegou do interior da Bahia, analfabeta. Nunca tinha visto água encanada. Quando deixou de trabalhar para minha irmã, era enfermeira diplomada.
Zélia*: Irmã da minha mãe. Minha tia, portanto. Não morava na Ribeira.
(*) Falecidos.